'Amore e Odio' nel lavoro di Michael Jackson

di Dayan Blue - Scrittore

« Older   Newer »
 
  Share  
.
  1.  
    .
    Avatar

    "The King of Pop"

    Group
    Dangerous
    Posts
    12,784

    Status
    Anonymous
    'Amore e Odio' nel lavoro di Michael Jackson

    cQVjNw8

    Ci sono quelli che dicono che l'amore e l'odio sono sentimenti paralleli, e aggiungono anche che questi sentimenti, sebbene paralleli, corrono in direzioni opposte. Beh, non ha molta importanza qui, ma nel lavoro di Michael Jackson è possibile imparare molto sulla composizione quando si ascolta una canzone d'amore e una di odio.

    Sono sempre qui a parlare della composizione e dei modi di tradurre le emozioni in variazioni sonore all'interno di una canzone, l'amore e l'odio, all'interno di questo contesto, sono i due estremi dell'asse che sostiene le emozioni e, di conseguenza, la musica.

    Per parlare di amore, gli artisti usano spesso ritmi a velocità ridotta, l'odio porta ritmi rapidi. Confronta i beat di 'Break Of Dawn' con 'Privacy'! Questo è il più ovvio, certamente.
    La cosa più importante non è né nei testi né nella velocità della canzone, ma nel rapporto tra armonia e melodia. Sentite, per esempio, 'Heal The World'; è quasi una ninna nanna ... Dà pace ... ...Ora ascoltate 'Scream', la musica è agitata, rumorosa, irritata ... E cos'altro potrebbe essere? La musica deve essere davvero un urlo!

    Una canzone in cui si può notare abbastanza la differenza tra amore e odio nel lavoro di Michael è 'Earth Song'. Comincia lentamente, molto leggera e sottile, Michael si chiede del futuro del pianeta, chiedendo una riflessione ... in questa parte non ci sono percussioni, quando inizia il primo ritornello c'è un accenno ma poi si ferma.

    La percussione è uno strumento forte nella rappresentatività dei sentimenti. Solo per curiosità: le canzoni composte a 120 bpm (battiti al minuto) hanno generalmente una risposta migliore da parte del pubblico, poiché sono all'interno di un multiplo della frequenza cardiaca. La percussione ha questo potere di legare la persona al ritmo della musica, da lì nasce la danza, l'espressione corporale alla fine. La percussione è nata migliaia di anni fa, è stato uno dei primi strumenti inventati dall'uomo e ha un forte legame con le sensazioni. Non i sentimenti! Ma le sensazioni, perché una cosa è una cosa, e un'altra è un'altra (che spiegazione miserabile, vero? - ma voi mi capite...).

    Bene, allora (ancora parlando di 'Earth Song') la strofa (parte della musica che è senza coro) già guadagna una percussione, leggera, ma è lì, poi la musica inizia a guadagnare più peso, rimane un po' meno dentro quella pacata tristezza e aumenta in ritmo e potenza. Più avanti, l'ultimo ritornello arriva dopo un forte suono di cassa e la batteria si fa sentire con un violento, sonoro e culminante colpo di percussioni. È a questo punto che Michael inizia a cantare a squarciagola, gridando: “What about us?”,, e così via. Questa canzone è un bellissimo esempio, perché l'amore si trasforma in odio in una singola canzone, semplicemente cambiando la percussione e l'imposizione della voce.

    E 'Morphine' allora? La musica è nervosa, irritabile, sembra che ti faccia male alle orecchie. Poi nel bel mezzo della canzone si sentono le note di un pianoforte e Michael canta: 'Demerol ... Demerol ... Demerol …' in una parte dove la musica esce dal punto di vista del dolore di chi canta, e passa a coloro che osservano, con dolore al cuore, il dolore fisico di un paziente.

    Come accennato in altri articoli, non è facile tradurre il sentimento in musica, questo è il grande pregio di un bravo compositore e anche dell'arrangiamento e Michael è impeccabile. Anche senza i testi, sapremmo come raccontare il sentimento espresso nelle sue canzoni. Potremmo almeno dire se è odio o amore, tristezza o gioia, conforto o desiderio ... Forse la vita di clausura di un uomo che non poteva sempre esprimersi come uno di noi ha reso Michael Jackson un eccellente compositore di sentimenti dal momento che la sua unica forma di espressione libera è stata solo la sua musica.. musica sotto la quale ha vissuto dall'età di cinque anni.
    Il Maestro Jackson ha imparato a mettere il suo dolore e la sua gioia nella musica, e la meraviglia delle sue composizioni mostra tutta la ricchezza di un comune essere umano, che è stato privato di questo diritto di essere semplicemente "comune".

    Dayan Blue,
    Scrittore e fan di Michael Jackson
    Fonte: http://michael-iloveyoumore.blogspot.it/20...mor-e-odio.html
    Traduzione: MJGOLD Forum



    Amor e Ódio
    por Dayan Blue

    Há quem diga que o amor e o ódio são sentimentos paralelos, também acrescentam dizendo que esses sentimentos, apesar de paralelos, correm em sentidos opostos. Bem, isso não importa muito aqui, mas na obra de Michael Jackson dá para se aprender muito sobre composição quando se ouve uma música de amor e outra de ódio.

    Estou sempre aqui falando sobre a composição e as formas de se traduzir a emoção em variações sonoras dentro de uma música, o amor e o ódio, dentro desse contexto, são os dois extremos do eixo que sustenta as emoções e, conseqüentemente, a música.

    Para falar de amor, geralmente os artistas usam ritmos em velocidades mais lentas, o ódio traz ritmos rápidos. Compare as batidas de “Break Of Dawn” com “Privacy”! Isso é o mais óbvio, claro. O mais importante não está nem na letra e nem na velocidade da canção, e sim na relação entre a harmonia e a melodia. (para quem não sabe, a melodia é a parte da música onde se coloca a letra, onde se canta em cima de algumas notas. A harmonia é todo o resto de acordes que estão sob a letra e suas conseqüentes consonâncias e dissonâncias entre a letra/melodia e as notas que compõem a harmonia).

    No fundo a coisa é bem simples. Você ouve, por exemplo, “Heal The World”; é quase uma canção de ninar... Dá uma paz... Sim, é disso mesmo que ela fala, ora bolas... Você ouve “Scream”, a música é agitada, barulhenta, irritada... E o que mais poderia ser? A música é para ser realmente um grito!

    Uma música onde se pode notar bastante a diferença entre amor e ódio dentro da obra de Michael é “Earth Song”. Ela começa devagarzinho, bem leve e sutil, Michael vai perguntando sobre o futuro do planeta, pedindo uma reflexão... nessa parte nem há percussão, quando entra o primeiro refrão é que entra só uma meia-lua (aquele pandeirinho sem pele) e mesmo assim logo pára.

    A percussão é um forte instrumento na representatividade dos sentimentos. Só a título de curiosidade: Músicas compostas em 120 bpm (batidas por minuto) geralmente têm melhor resposta do público, pois estão dentro de um múltiplo dos nossos batimentos cardíacos. A percussão têm esse poder de colocar a pessoa no ritmo da música, daí surge a dança, a expressão corporal enfim. A percussão nasceu há milhares de anos, foi um dos primeiros instrumentos inventados pelo homem, e possui um forte elo com as sensações. Não os sentimentos! Mas as sensações, porque uma coisa é uma coisa, e outra é outra (que explicaçãozinha desgraçada né? – mas vocês entenderam...).

    Bem, depois (ainda falando sobre "Earth Song") a estrofe (parte da música que não é refrão) já ganha uma percussãozinha, leve, mas está lá, a música começa a ganhar mais peso, fica um pouquinho menos dentro daquela tristeza pacífica, começa a ganhar ritmo e poder. Mais adiante, o último refrão entra depois de uma forte batida de caixa, e a bateria contempla oset de percussão com uma pegada violenta, sonora e apoteótica. É nessa hora que Michael começa a cantar forte, gritando, perguntando “E quanto a nós? Quanto aos jovens e aos velhos? Quanto às crianças morrendo? Quanto à paz?“ e etc. Esta música é um belo exemplo, pois o amor vira ódio dentro de uma só canção, simplesmente se alterando a percussão e a impostação da voz.

    E “Morphine” então? A música é nervosa, irritadiça, parece que está machucando os ouvidos. Lá no meio começa um pianinho e Michael canta: “demerol... demerol... demerol...” (para quem não sabe demerol, é um remédio para dor), numa parte onde a música sai da perspectiva da dor de quem canta, e passa para quem observa, com dor no coração, a dor física de um doente.

    Como eu disse no texto passado, não é fácil traduzir sentimento em música, esse é o valor de um compositor e também do arranjador. Michael é impecável. Mesmo sem as letras saberíamos dizer qual o sentimento envolvido em suas canções. Saberíamos ao menos dizer se é amor ou ódio, tristeza ou alegria, conforto ou saudade... Talvez a vida enclausurada de um homem que nem sempre pôde se expressar como qualquer um de nós tenha feito de Michael Jackson um excelente compositor de sentimentos, pois sua única forma de expressão livre ainda é a sua música, e é sob essa música que ele vive desde os cinco anos de idade. Acho que já deu para ele aprender um pouquinho sobre o assunto né?

    O mestre Jackson aprendeu a colocar sua dor e sua alegria na música, e a maravilha das suas composições me parece trazer toda a riqueza de um ser humano comum, que foi privado desse direito de ser simplesmente “comum”.

    Edited by ArcoIris - 25/2/2018, 04:10
     
    Top
    .
0 replies since 18/2/2018, 09:00   145 views
  Share  
.
Top